Piercy Conner Architects and Designers Architectenbureau - Vencedor da última edição. Edifícios Multifamiliares em Kolkata, India.
terça-feira, 27 de março de 2007
Resultado do Concurso para a sede da Capes
Um dos requisitos para o projeto da nova sede da Capes era a utilização consciente e sustentável dos recursos naturais. Saiu o resultado: O escritório paulista Andrade Morettin Arquitetos ganhou o concurso nacional de estudo preliminar da sede da Capes, em Brasília, DF, promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, IAB.
segunda-feira, 26 de março de 2007
Usina flutuante
Navegar é preciso, já dizia Fernando Pessoa. Para os seus compatriotas, boiar também. Pelo menos é o que acreditam os engenheiros responsáveis pelas três imensas balsas vermelhas, com 142 metros de comprimento, 3,5 metros de diâmetro e 700 toneladas, que estão sendo ancoradas no litoral de Portugal. Ao custo de 8,5 milhões de euros, ainda em 2007 as balsas gigantes irão gerar 2,25 megawatts de eletricidade, suficientes para abastecer 1.500 residências. Cont. com animações, no site http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2007/03/23/ult2870u237.jhtm.
domingo, 25 de março de 2007
Energias alternativas.
Trabalhos dos alunos em Arquitetura e Sustentabilidade. Lá vai ...
http://wikipedia.org/wiki/Energia_solar
http://www.ambientebrasil.com.br/
http://www.cresesb.cepel.br/
www.planetasolar.com.br
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Reação Nuclear
Quando se movem um em direção ao outro e, se aproximam o suficiente para que haja interação entre as partículas de um com as partículas do outro pela força nuclear, pode ocorrer uma redistribuição de núcleos e diz-se que aconteceu uma reação nuclear.
No Mundo: Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo. A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros.
Fissão Nuclear: A fissão de urânio 235 liberta uma média de 2,5 neutrons por cada núcleo dividido. Por sua vez, estes neutrons vão rapidamente causar a fissão de mais átomos, que irão libertar mais neutrons e assim sucessivamente, iniciando uma auto-sustentada série de fissões nucleares, à qual que se dá o nome de reação em cadeia, que resulta na libertação contínua de energia.
Diagrama representativo da fissão do urânio: um nêutron é absorvido pelo núcleo do átomo de urânio. O átomo se torna instável, ocorrendo: divisão em dois novos átomos (kriptônio e bário), liberação de muita energia e alguns nêutrons
Urânio-235 e Urânio-238: urânio-238 só tem possibilidade de sofrer fissão por nêutrons de elevada energia cinética (os nêutrons “rápidos”). Urânio-235 pode ser fissionado por nêutrons de qualquer energia cinética, preferencialmente os de baixa energia, denominados nêutrons térmicos (“lentos”).
Isótopos: Urânio-235 e urânio-238 são isótopos de urânio.
Enriquecimento de Urânio: A quantidade de urânio-235 na natureza é muito pequena. Para ser possível a ocorrência de uma reação de fissão nuclear em cadeia, é necessário haver quantidade suficiente de urânio-235. Nos Reatores Nucleares do tipo PWR, é necessário haver a proporção de 32 átomos de urânio-235 para 968 átomos de urânio-238, em cada grupo de 1.000 átomos de urânio, ou seja, 3,2% de urânio-235. O urânio encontrado na natureza precisa ser tratado industrialmente, com o objetivo de elevar a proporção (ou concentração) de urânio-235 para urânio-238, de 0,7% para 3,2%. Para isso deve, primeiramente, ser purificado e convertido em gás. O processo físico de retirada de urânio-238 do urânio natural, aumentando, em conseqüência, a concentração de urânio-235, é conhecido como Enriquecimento de Urânio.
No Brasil: CNEM - Comissão Nacional de Energia Nuclear
Ministério da Ciência e Tecnologia
A União tem o monopólio da mineração de elementos radioativos, da produção e do comércio de materiais nucleares, sendo este monopólio exercido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A área de Pesquisa e Desenvolvimento investe no emprego da tecnologia nuclear em medicina, agricultura, indústria e meio ambiente. A área de Gestão Institucional atua no treinamento e qualificação dos pesquisadores, tecnologistas, analistas e técnicos da CNEN e na disseminação de informações técnico-científicas para pesquisadores, profissionais e estudantes da área nuclear.
· Unidade Central - Sede, no Rio de Janeiro (RJ).
· Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN, em Belo Horizonte (MG)
· Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste - CRCN-CO, em Goiânia (GO)
· Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste - CRCN-NE, em Recife (PE)
· Distrito de Angra dos Reis - DIANG (RJ)
· Distrito de Caetité - DICAE (BA)
· Distrito de Fortaleza - DIFOR (CE)
· Distrito de Porto Alegre - DIPOA (RS)
· Distrito de Resende - DIRES (RJ)
· Escritório de Brasilia - ESBRA (DF)
· Instituto de Engenharia Nuclear - IEN, no Rio de Janeiro (RJ)
· Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, em São Paulo (SP)
· Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD, no Rio de Janeiro (RJ) visa a segurança dos trabalhadores que lidam com radiações ionizantes, da população em geral e do meio ambiente
· Laboratório de Poços de Caldas - LAPOC (MG)
O Reator Nuclear de Angra: Um reator nuclear do tipo que foi construído é conhecido como PWR (Pressurized Water Reactor ou Reator a Água Pressurizada), porque contém água sob alta pressão. O urânio, enriquecido a cerca de 3,2% em urânio-235, é colocado, em forma de pastilhas de 1 cm de diâmetro, dentro de tubos (varetas) de 4m de comprimento, feitos de uma liga especial de zircônio.
As varetas, contendo o urânio, conhecidas como Varetas de Combustível, são montadas em feixes, numa estrutura denominada ELEMENTO COMBUSTÍVEL. As varetas são fechadas, com o objetivo de não deixar escapar o material nelas contido (o urânio e os elementos resultantes da fissão) e podem suportar altas temperaturas. Os elementos resultantes da fissão nuclear (produtos de fissão ou fragmentos da fissão) são radioativos, isto é, emitem radiações e, por isso, devem ficar retidos no interior do Reator.
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Energia Nuclear
Neander, Ramon, Olavo e Natália
Energia Nuclear: Alguns elementos apresentam a capacidade de, através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio que nas reações nucleares ocorre uma transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outro ou outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns elementos; em outros deve-se provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de neutrons ou outras.Neander, Ramon, Olavo e Natália
Reação Nuclear
Quando se movem um em direção ao outro e, se aproximam o suficiente para que haja interação entre as partículas de um com as partículas do outro pela força nuclear, pode ocorrer uma redistribuição de núcleos e diz-se que aconteceu uma reação nuclear.
No Mundo: Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo. A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros.
Fissão Nuclear: A fissão de urânio 235 liberta uma média de 2,5 neutrons por cada núcleo dividido. Por sua vez, estes neutrons vão rapidamente causar a fissão de mais átomos, que irão libertar mais neutrons e assim sucessivamente, iniciando uma auto-sustentada série de fissões nucleares, à qual que se dá o nome de reação em cadeia, que resulta na libertação contínua de energia.
Diagrama representativo da fissão do urânio: um nêutron é absorvido pelo núcleo do átomo de urânio. O átomo se torna instável, ocorrendo: divisão em dois novos átomos (kriptônio e bário), liberação de muita energia e alguns nêutrons
Urânio-235 e Urânio-238: urânio-238 só tem possibilidade de sofrer fissão por nêutrons de elevada energia cinética (os nêutrons “rápidos”). Urânio-235 pode ser fissionado por nêutrons de qualquer energia cinética, preferencialmente os de baixa energia, denominados nêutrons térmicos (“lentos”).
Isótopos: Urânio-235 e urânio-238 são isótopos de urânio.
Enriquecimento de Urânio: A quantidade de urânio-235 na natureza é muito pequena. Para ser possível a ocorrência de uma reação de fissão nuclear em cadeia, é necessário haver quantidade suficiente de urânio-235. Nos Reatores Nucleares do tipo PWR, é necessário haver a proporção de 32 átomos de urânio-235 para 968 átomos de urânio-238, em cada grupo de 1.000 átomos de urânio, ou seja, 3,2% de urânio-235. O urânio encontrado na natureza precisa ser tratado industrialmente, com o objetivo de elevar a proporção (ou concentração) de urânio-235 para urânio-238, de 0,7% para 3,2%. Para isso deve, primeiramente, ser purificado e convertido em gás. O processo físico de retirada de urânio-238 do urânio natural, aumentando, em conseqüência, a concentração de urânio-235, é conhecido como Enriquecimento de Urânio.
No Brasil: CNEM - Comissão Nacional de Energia Nuclear
Ministério da Ciência e Tecnologia
A União tem o monopólio da mineração de elementos radioativos, da produção e do comércio de materiais nucleares, sendo este monopólio exercido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A área de Pesquisa e Desenvolvimento investe no emprego da tecnologia nuclear em medicina, agricultura, indústria e meio ambiente. A área de Gestão Institucional atua no treinamento e qualificação dos pesquisadores, tecnologistas, analistas e técnicos da CNEN e na disseminação de informações técnico-científicas para pesquisadores, profissionais e estudantes da área nuclear.
· Unidade Central - Sede, no Rio de Janeiro (RJ).
· Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN, em Belo Horizonte (MG)
· Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste - CRCN-CO, em Goiânia (GO)
· Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste - CRCN-NE, em Recife (PE)
· Distrito de Angra dos Reis - DIANG (RJ)
· Distrito de Caetité - DICAE (BA)
· Distrito de Fortaleza - DIFOR (CE)
· Distrito de Porto Alegre - DIPOA (RS)
· Distrito de Resende - DIRES (RJ)
· Escritório de Brasilia - ESBRA (DF)
· Instituto de Engenharia Nuclear - IEN, no Rio de Janeiro (RJ)
· Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, em São Paulo (SP)
· Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD, no Rio de Janeiro (RJ) visa a segurança dos trabalhadores que lidam com radiações ionizantes, da população em geral e do meio ambiente
· Laboratório de Poços de Caldas - LAPOC (MG)
O Reator Nuclear de Angra: Um reator nuclear do tipo que foi construído é conhecido como PWR (Pressurized Water Reactor ou Reator a Água Pressurizada), porque contém água sob alta pressão. O urânio, enriquecido a cerca de 3,2% em urânio-235, é colocado, em forma de pastilhas de 1 cm de diâmetro, dentro de tubos (varetas) de 4m de comprimento, feitos de uma liga especial de zircônio.
As varetas, contendo o urânio, conhecidas como Varetas de Combustível, são montadas em feixes, numa estrutura denominada ELEMENTO COMBUSTÍVEL. As varetas são fechadas, com o objetivo de não deixar escapar o material nelas contido (o urânio e os elementos resultantes da fissão) e podem suportar altas temperaturas. Os elementos resultantes da fissão nuclear (produtos de fissão ou fragmentos da fissão) são radioativos, isto é, emitem radiações e, por isso, devem ficar retidos no interior do Reator.
sexta-feira, 2 de março de 2007
Contribuição do Olavo (o Bilac!!!)_ Energia solar é mania entre investidores ecológicos
La Vanguardia
Terça, 27 de fevereiro de 2007, 19h39
Antonio Cerrillo
São advogados, médicos, administradores, esportistas, vereadores de cidades modestas. E agora todos se converteram em pequenos empresários, investindo em usina de energia solar que será a maior geradora mundial de eletricidade pelo método fotovoltaico.
Um total de 753 proprietários, tanto indivíduos quanto associações comerciais, está envolvido no projeto que resultou na construção de uma usina solar em Milagro, aldeia da região espanhola de Navarra, equipada com 864 painéis fotovoltaicos. O investimento total atingiu os 65 milhões de euros, e a usina, que será inaugurada formalmente em 17 de abril, está funcionando experimentalmente desde o final de dezembro.
¿Graças ao entusiasmo pelas placas de energia solar na Navarra, subitamente nos vimos transformados em produtores de eletricidade¿, disse Esteban Garijo, prefeito de Milagro e um dos investidores que aderiram com mais rapidez ao projeto. Garijo está entusiasmado com uma iniciativa que revolucionou a cidadezinha.
A usina está localizada em uma antiga fazenda rústica de 50 hectares, onde todas as instalações foram montadas. Na verdade, é como se cada um dos 753 proprietários (150 dos quais moradores da aldeia) tivesse instalado seu painel individual no local, propriedade comunitária dos investidores. O projeto se beneficiou de assistência econômica do governo da Navarra, que oferece descontos no imposto de renda ou no imposto empresarial em valor máximo de até 20% do total investido.
A usina solar de Milagro é uma das maiores instalações mundiais do tipo em termos de potência instalada. Os 9,55 megawatts de energia que ela é capaz de gerar são superados apenas por duas usinas construídas recentemente na Baviera, com capacidade de 10 e 12 megawatts, respectivamente. No entanto, dada a maior incidência de radiação solar na região da Ribera de Navarra do que na Alemanha, em termos agregados a nova usina espanhola será a maior produtora mundial de energia solar.
Cada um dos sócios do projeto contribuiu com entre 40 mil e 900 mil euros em investimento, ainda que Garijo prefira manter a discrição sobre as quantias. Mas o investimento está garantido, porque toda a energia produzida será entregue e vendida à rede de energia da província. O projeto se beneficia do programa de incentivo do governo à energia renovável, que obriga as geradoras de energia a adquirir toda a energia produzida de fontes não poluentes. A geração de eletricidade de origem renovável em 2006 tem preço de aquisição fixado para 2006 em uma média equivalente a cinco vezes o valor de referência dos primeiros 25 anos.
Os benefícios para os investidores surgirão rapidamente, a estimativa é de que o projeto recuperará integralmente o seu custo em nove anos, incluindo os custos de financiamento bancário (empréstimos respondem por 75% do montante investido).
Garijo não hesita em atribuir o "imenso sucesso" da idéia à "forte aposta" do governo da Navarra. Além disso, a usina representará uma fonte considerável de renda para o município, que pode ver grande melhoria em sua situação financeira. "Um terreno inculto servirá para financiar atividades econômicas", ele diz, satisfeito. Com esse sistema original e eficaz de investimento coletivo, foi possível igualmente aproveitar ao máximo todos os incentivos oferecidos pelo governo nacional à energia solar na Espanha.
"A produção de energia solar na Espanha até agora estava concentrada basicamente em painéis de telhado, mas essa nem sempre é a melhor solução. O que decidimos foi preparar tudo para as pessoas interessadas em investir em um terreno destinado à exploração de energia solar limpa e renovável", disse Miguel Arrarás, diretor geral da Acciona Solar, a empresa encarregada de implementar o projeto.
Até agora, produzir energia renovável requeria a criação de uma empresa e toda uma carga de lentas tramitações burocráticas, o que vinha desestimulando os investidores. Mas a forma de organização de campos de painéis solares proposta pela Acciona Solar permite contornar esses obstáculos. A empresa criou e construiu a usina, e agora se encarrega das tarefas de gestão e comercialização da energia por ela gerada.
Periodicamente, encaminha aos investidores relatórios quanto à energia produzida e vendida à rede e os impostos recolhidos, bem como os ajuda, por fim, a regularizar toda a papelada necessária. Dessa maneira, os investidores não têm trabalho algum para se tornarem microempresários.
Os 14 milhões de quilowatts/hora de eletricidade gerados ao ano pela usina equivalem ao consumo de cerca de cinco mil residências, o que representa uma emissão de 13,5 mil toneladas de carbono na atmosfera ao ano. A Acciona Solar vem promovendo iniciativas como essa há cinco anos, e já colocou em operação 10 usinas de energia solar em diversos locais da Espanha.
Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME
Terça, 27 de fevereiro de 2007, 19h39
Antonio Cerrillo
São advogados, médicos, administradores, esportistas, vereadores de cidades modestas. E agora todos se converteram em pequenos empresários, investindo em usina de energia solar que será a maior geradora mundial de eletricidade pelo método fotovoltaico.
Um total de 753 proprietários, tanto indivíduos quanto associações comerciais, está envolvido no projeto que resultou na construção de uma usina solar em Milagro, aldeia da região espanhola de Navarra, equipada com 864 painéis fotovoltaicos. O investimento total atingiu os 65 milhões de euros, e a usina, que será inaugurada formalmente em 17 de abril, está funcionando experimentalmente desde o final de dezembro.
¿Graças ao entusiasmo pelas placas de energia solar na Navarra, subitamente nos vimos transformados em produtores de eletricidade¿, disse Esteban Garijo, prefeito de Milagro e um dos investidores que aderiram com mais rapidez ao projeto. Garijo está entusiasmado com uma iniciativa que revolucionou a cidadezinha.
A usina está localizada em uma antiga fazenda rústica de 50 hectares, onde todas as instalações foram montadas. Na verdade, é como se cada um dos 753 proprietários (150 dos quais moradores da aldeia) tivesse instalado seu painel individual no local, propriedade comunitária dos investidores. O projeto se beneficiou de assistência econômica do governo da Navarra, que oferece descontos no imposto de renda ou no imposto empresarial em valor máximo de até 20% do total investido.
A usina solar de Milagro é uma das maiores instalações mundiais do tipo em termos de potência instalada. Os 9,55 megawatts de energia que ela é capaz de gerar são superados apenas por duas usinas construídas recentemente na Baviera, com capacidade de 10 e 12 megawatts, respectivamente. No entanto, dada a maior incidência de radiação solar na região da Ribera de Navarra do que na Alemanha, em termos agregados a nova usina espanhola será a maior produtora mundial de energia solar.
Cada um dos sócios do projeto contribuiu com entre 40 mil e 900 mil euros em investimento, ainda que Garijo prefira manter a discrição sobre as quantias. Mas o investimento está garantido, porque toda a energia produzida será entregue e vendida à rede de energia da província. O projeto se beneficia do programa de incentivo do governo à energia renovável, que obriga as geradoras de energia a adquirir toda a energia produzida de fontes não poluentes. A geração de eletricidade de origem renovável em 2006 tem preço de aquisição fixado para 2006 em uma média equivalente a cinco vezes o valor de referência dos primeiros 25 anos.
Os benefícios para os investidores surgirão rapidamente, a estimativa é de que o projeto recuperará integralmente o seu custo em nove anos, incluindo os custos de financiamento bancário (empréstimos respondem por 75% do montante investido).
Garijo não hesita em atribuir o "imenso sucesso" da idéia à "forte aposta" do governo da Navarra. Além disso, a usina representará uma fonte considerável de renda para o município, que pode ver grande melhoria em sua situação financeira. "Um terreno inculto servirá para financiar atividades econômicas", ele diz, satisfeito. Com esse sistema original e eficaz de investimento coletivo, foi possível igualmente aproveitar ao máximo todos os incentivos oferecidos pelo governo nacional à energia solar na Espanha.
"A produção de energia solar na Espanha até agora estava concentrada basicamente em painéis de telhado, mas essa nem sempre é a melhor solução. O que decidimos foi preparar tudo para as pessoas interessadas em investir em um terreno destinado à exploração de energia solar limpa e renovável", disse Miguel Arrarás, diretor geral da Acciona Solar, a empresa encarregada de implementar o projeto.
Até agora, produzir energia renovável requeria a criação de uma empresa e toda uma carga de lentas tramitações burocráticas, o que vinha desestimulando os investidores. Mas a forma de organização de campos de painéis solares proposta pela Acciona Solar permite contornar esses obstáculos. A empresa criou e construiu a usina, e agora se encarrega das tarefas de gestão e comercialização da energia por ela gerada.
Periodicamente, encaminha aos investidores relatórios quanto à energia produzida e vendida à rede e os impostos recolhidos, bem como os ajuda, por fim, a regularizar toda a papelada necessária. Dessa maneira, os investidores não têm trabalho algum para se tornarem microempresários.
Os 14 milhões de quilowatts/hora de eletricidade gerados ao ano pela usina equivalem ao consumo de cerca de cinco mil residências, o que representa uma emissão de 13,5 mil toneladas de carbono na atmosfera ao ano. A Acciona Solar vem promovendo iniciativas como essa há cinco anos, e já colocou em operação 10 usinas de energia solar em diversos locais da Espanha.
Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME
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