Além de aceitar que o ruído é um mal necessário para o desenvolvimento das cidades, acham que quem quer silêncio que vá morar numa fazenda!!! Quem pode, pode né?
Estado de Minas, 21_12_07
Silêncio sem exagero
Vereadores aprovam projeto para substituir a rigorosa Lei do Silêncio em vigor na capital, inviabilizando até mesmo pequenos negócios e realização de programas culturais
Fábio Fabrini
Juarez Rodrigues/EM
Depois de muito bate-boca, os parlamentares entenderam que as regras prejudicavam a cidade cultural e economicamente
Depois de 10 meses causando barulho, a polêmica e rigorosa Lei do Silêncio foi sepultada ontem pela Câmara Municipal de Belo Horizonte. Os vereadores aprovaram, em segundo turno, projeto de lei que substitui as regras em vigor, consideradas tão restritivas que impedem a realização de eventos culturais na cidade e obrigam até dono de açougue a requerer licença ambiental para abrir as portas. O texto foi enviado em 4 de outubro pela prefeitura, pressionada pelos transtornos causados pela legislação, e votado em tempo recorde. Caberá ao prefeito Fernando Pimentel (PT), quando voltar de férias, no início de janeiro, sancioná-lo. Mas a autora da lei, Elaine Matozinhos (PTB), não se dá por vencida e promete questionar as novas normas na Justiça. O debate consumiu cerca de duas horas da penúltima reunião legislativa do ano e foi marcada pelo bate-boca entre vereadores. Enquanto a maioria, inclusive os que aprovaram a lei em fevereiro, discursavam contra o rigor, Elaine Matozinhos recorria a artifícios regimentais para atrasar a apreciação do texto. Ela chegou a pedir que os colegas vestidos de calça jeans se retirassem – pela regra, só se admite traje social –, o que obrigou a líder de governo, Neusinha Santos (PT), a vestir, às pressas, o vestido de uma assessora. Além disso, pediu que todos os artigos votados em destaque e emendas fossem lidos pela Mesa Diretora. Uma delas, de autoria da própria Matozinhos, tinha oito páginas e fez com que vários vereadores se retirassem do plenário, irritados. O presidente da Câmara, Totó Teixeira (PR), tinha dificuldade para comandar a reunião. Ora acatava as exigências, ora endurecia com a vereadora. Contrariada, ela o chamou várias vezes, aos gritos, de “ditador”. Totó chegou a cortar o microfone para interromper a petebista, que disparava também contra os demais, classificando-os de criminosos e subservientes à prefeitura. Sobrou até para o prefeito Fernando Pimentel (PT), chamado de “garoto-propaganda de shopping”. A vereadora diz que vai entrar com ação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) ou no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da votação pela forma como o projeto tramitou e foi aprovado. Ela acusa o relator do texto na Comissão de Política Urbana, Wellinton Magalhães (PMN), de falsidade ideológica, por escrever em parecer que uma emenda em tramitação havia sido retirada. Também denuncia falta de assinatura em documentos e a realização de reuniões de comissão às pressas, sem convocação. “Estou indignada e envergonhada. Esta Casa está matando a população de estresse, infarto e perda de memória. É de estarrecer votar essa coisa imoral”, bradou, acusando Totó Teixeira de rasgar o regimento interno na condução da plenária e prometendo pedir intervenção do Ministério Público e até da Organização das Nações Unidas (ONU). “A cidade não pode fechar as portas e entregar as chaves a uma vereadora. Essa lei é a lei da mordaça”, rebateu Neusinha Santos, acrescentando que as novas regras preservam a saúde do belo-horizontino, sem prejudicar o funcionamento de BH. “Quem quer viver em sítio deve ir para a roça. Esta é a capital do segundo maior colégio eleitoral do país”, alfinetou. A Lei do Silêncio foi aprovada em fevereiro, mas só em agosto começou a vigorar. O texto não foi sancionado pelo prefeito, mas a Câmara derrubou o veto. A prefeitura chegou a conseguir liminar judicial contra a aplicação, mas a decisão foi derrubada. O nível de ruídos admitidos na cidade diminuiu e as multas aplicadas a infratores cresceram. A secretária municipal de Meio Ambiente, Flávia Mourão, explica que a lei não especifica bem quais estabelecimentos são potencialmente poluidores, o que obriga à exigência de licenciamento para concessão de alvarás até para consultório de dentista. “Às vezes, por causa de um ar-condicionado, o empreendedor é obrigado a enfrentar a burocracia”, afirma. De acordo com o projeto aprovado ontem, admitem-se até 70 decibéis entre as 7h e 19h. Das 19h às 22h, o limite cai para 60, e das 22h a meia-noite, exceto às quintas-feiras, sextas-feiras e sábados, para 50. Durante a madrugada, o barulho não pode ultrapassar os 45 decibéis. A lei atual divide a cidade em zonas, com limites que variam de 35 a 60 decibéis. A secretária diz que o som ambiente mínimo encontrado na capital é de 45 decibéis. As multas também foram abrandadas. Elas variam de R$ 2,5 mil a R$ 180 mil e, com as mudanças, vão de R$ 40 a R$ 40 mil.
Marcos Michelin/EM-3/11/07
Rigor obrigava até açougue a enfrentar burocracia por um alvará
EMENDAS Os vereadores aprovaram quatro emendas e suprimiram dois trechos do texto, que flexibilizam ainda mais o projeto. Por pressão da bancada evangélica, os templos religiosos não são obrigados a ter tratamento acústico. Os eventos da cidade não vão ser regidos pelas normas aprovadas ontem, mas pela Lei 9.063, a Lei dos Eventos. E todos os cidadãos multados à luz da Lei do Silêncio serão anistiados. A secretária explica que esses pontos vão ser analisados pelo Executivo, que ainda pode vetar trechos do projeto. Pelo menos 300 pessoas foram autuadas desde agosto, mas não receberam as multas, que chegam a R$ 70 mil. “Nosso objetivo não era isentá-las, mas cobrar os valores do projeto”, afirma Flávia Mourão. Ela acrescenta que a flexibilização para as igrejas não é razoável: “Os templos têm vizinhos e eles não têm que ouvir todos os cultos o dia todo. É um princípio de respeito”. A produtora cultural Karu Torres comemorou a aprovação do projeto de lei, destacando a importância da flexibilização da legislação. “Na verdade, as mudanças contribuem, em muito, para o setor, pois com o atual limite não daria nem para ver televisão com o volume mais alto. Imagine, então, fazer um evento para um grande número de pessoas. Seria impossível. Agora, há uma chance de o circuito cultural crescer, pois estava impedido de trabalhar”, afirmou.
domingo, 23 de dezembro de 2007
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Ilhas de Calor
Domingo, 9 de setembro de 2007O Estado de São Paulo - Caderno Metrópole
Ilhas de calor fazem temperatura variar até 12 graus dentro de SP Fenômeno afeta distritos com muitos prédios e poucas árvores e tem contraponto nos 'óasis' frios perto de represas
Alexssander Soares
No auge do veranico deste inverno, em julho, termômetros marcaram em São Paulo, na mesma hora, temperaturas com até 12 graus de diferença. A variação que muitos paulistanos notaram este ano é a mais alta desde que o clima nos distritos da cidade passou a ser monitorado por imagens de satélite. O sobe-e-desce da temperatura é resultado de um complexo fenômeno climático, o das ilhas de calor urbanas.
Essas ilhas são provocadas por fatores como concentração de prédios e pouca arborização. Elevam a temperatura principalmente em bairros do centro e da zona leste. Têm seu contraponto nos oásis 'frios' remanescentes da borda das Represas Billings e Guarapiranga, zona sul, e na Cantareira, zona norte.
'O calor é como uma febre, um sintoma de que a cidade está doente', diz a geógrafa Magda Lombardo, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ela estuda oscilações de temperatura nos bairros da capital desde 1985 e as compara a resultados de outras metrópoles, como Nova York.
As ilhas de calor também são as responsáveis pelas pancadas abruptas de chuva, cada vez mais intensas em regiões como a da Sé e dos Jardins. A poluição, que ajuda a elevar a temperatura, e a retenção de calor pelo asfalto também contribuem para o fenômeno. Tanto que, para Magda, São Paulo é hoje a cidade das pancadas intensas de chuva - e não da famosa, e cada vez mais rara, garoa.'O problema (das ilhas) atinge a todas as classes sociais', alerta a especialista. 'O calor produzido pelo homem e a baixa umidade relativa do ar formam um deserto artificial.'Magda escreveu o estudo Ilha de Calor nas Metrópoles: O Exemplo de S.Paulo, ganhador do Prêmio Jabuti na categoria Ciências, em 1986. Ele indicava que, na época, a variação de temperatura na capital chegava a 10 graus. Desde então, além do aumento de 2 graus em pouco mais de 20 anos, a geógrafa apurou outro dado preocupante. A temperatura média na cidade subiu 1,2% no século passado, ante 0,7% em Nova York.Prédios e desmatamento esquentam centro e periferia. Graças às árvores, locais como os Jardins podem ter até 10°a menos que a Sé
Nos distritos centrais de São Paulo, cobertura de asfalto e paredões de concreto dos prédios. Em pontos mais distantes da zona leste, desmatamento com ocupação irregular do solo. O desenho das ilhas de calor urbanas, com variações inéditas de temperatura de até 12 graus medidas no mesmo horário em pontos diferentes da cidade, acompanha o padrão de crescimento da metrópole a partir da década de 50.'O processo intenso de ocupação praticamente acabou com as casas com jardins no centro. A construção de grandes avenidas também favoreceu a expansão das ilhas de calor em direção aos bairros da zona leste', diz a geógrafa Magda Lombardo, professora da Unesp no campus de Rio Claro.'
CARGA URBANA'
Com base no acompanhamento que faz das variações de temperatura na capital desde 1985, Magda diz que a especulação imobiliária não leva em consideração a 'capacidade de carga urbana' de cada distrito. 'Se você já construiu um prédio de 20 andares em um quadra, por que construir outro da mesma altura ao lado? A ruptura no padrão de construção imobiliária é necessária para impedir o surgimento de paredões de concreto', afirma a geógrafa.A diferença no método construtivo, combinado com a presença de árvores, é responsável pelas temperaturas de 3 a 4 graus mais baixas registradas em bairros centrais como Santa Cecília e Consolação quando comparados a distritos próximos, como Sé e Bom Retiro. Segundo os estudos da geógrafa, a diferença aumenta bastante - pode chegar a 10 graus - quando se compara esses distritos centrais com bairros altamente urbanizados, mas que têm boa cobertura de vegetação, como os Jardins América e Europa, Pinheiros, Butantã e Morumbi.SP pode abater imposto de quem preservar o verde
Secretaria municipal propõe que benefício seja incluído no Plano Diretor
A Prefeitura quer recompensar proprietários de imóveis que preservarem áreas verdes de São Paulo. O benefício, que pode ser concedido por meio de desconto em impostos ou até pelo reembolso direto, é uma das sugestões que serão apresentadas pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente na discussão do novo Plano Diretor - lei que serve de diretriz para o crescimento da cidade.
'Vamos discutir uma fórmula de pagar pelo 'serviço ambiental'', diz o chefe de gabinete da secretaria, Hélio Neves. 'Ou seja, queremos dividir com a sociedade a manutenção e a preservação das áreas verdes, que trazem benefícios a todos.' A Prefeitura está realizando audiências públicas para fechar as propostas de mudança no plano. O pacote será apresentado no fim do mês para discussão e votação na Câmara. No debate interno sobre o novo plano, os técnicos da secretaria trabalham com o conceito de 'cidade compacta'. 'Nosso foco ambiental será evitar a expansão da cidade. Queremos incentivar a moradia no centro e a ocupação de prédios já construídos. Assim, evitaremos o surgimento de prédios em regiões ainda não exploradas pelo mercado imobiliário. Ao induzir à ocupação das moradias já existentes, evitamos o surgimento de novos paredões de concreto, que só aumentam as ilhas de calor.'Para isso, a secretaria vai lançar ainda a proposta de aumentar a cobrança da alíquota progressiva do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de prédios desocupados. 'Será um importante instrumento para manter a cidade compacta, de aproveitar locais onde a infra-estrutura já está consolidada.'
ÁREAS VERDES
A secretaria promete usar os estudos disponíveis sobre ilhas de calor urbano para orientar projetos de criação de parques lineares e praças na cidade, que tem 246,8 milhões de metros quadrados de áreas verdes. A idéia, no ano que vem, é aumentar em 8,46 milhões de m2 as áreas com vegetação nos pontos 'quentes'. 'Vamos plantar árvores para melhorar microclimas em alguns locais', diz Neves. Ele afirma que a Prefeitura quer plantar este ano 160 mil árvores.A geógrafa Magda Lombardo afirma que vai encaminhar à Prefeitura seus estudos sobre ilhas de calor em São Paulo. Mas diz que, geralmente, administradores públicos e parlamentares ignoram a produção acadêmica para a definição de políticas ou de projetos de lei.Apesar do ceticismo, Magda elogia a proposta da secretaria. 'Concordo que é necessário discutir incentivos fiscais para estimular a consciência ambiental. A prefeitura de Sacramento (Califórnia) conseguiu aumentar em 30% a área verde da cidade depois que deu desconto no imposto territorial. Criei o modelo em conjunto com técnicos do laboratório de Energia e Conservação da Universidade da Califórnia.'
Plantio de árvores variadas ajuda a diminuir o calor, afirma pesquisador
As ruas de São Paulo deveriam ser canteiros públicos. Essa é a sugestão do biólogo Marcos Buckeridge, do Instituto de Botânica da Universidade de São Paulo (USP), para reduzir efeitos das ilhas de calor. 'O poder público deve ter a política de plantar árvore em todo lugar possível.'Buckeridge estuda diversas espécies de árvores para saber quanto elas absorvem de gás carbônico. O objetivo é determinar quais são as mais indicadas para plantio em cidades poluídas. 'O correto é fazer um processo de sucessão ecológica, misturando, por exemplo, cinco espécies de leguminosas: grapuruvu, jacarandá, jatobá, pau-jacaré e sesbânia.'Essas espécies chegam à idade adulta - quando ocorre o pico de absorção - em épocas diferentes. Se as árvores ficassem uma ao lado da outra, diz o pesquisador, uma delas sempre estaria com a capacidade máxima de retirada de gás carbônico. 'Isso manteria a temperatura baixa por mais tempo.'Para incentivar o plantio, Buckeridge recorre a uma equação politicamente correta: 'Árvore baixa a temperatura, diminui a evaporação, puxa gás carbônico e diminui a luz', afirma. 'Cada folha tem entre 50 a 70 mil boquinhas, os estômatos, que abrem de manhã para captação de gás carbônico e só fecham à tarde.'Multidão faz temperatura subir até 2 graus na 25 de Março. Sombras dos prédios da Paulista criam zona fria em plena ilha de calor; carente de áreas verdes, Itaquera sofre com crescimento desordenado
Feriado de 7 de setembro. No início da tarde, o relógio digital da Avenida Paulista indicava 30 graus. Quem se aventurou a andar pelo centro e pela região da Paulista sofreu com as ilhas de calor. O passeio ficou ainda mais sufocante em locais de grande concentração de pessoas, como a Rua 25 de Março, meca do comércio popular.Imagens térmicas geradas por satélites flagraram aumentos de temperatura de até 2 graus provocados pela aglomeração na 25 de Março. A associação local de comerciantes estima que 400 mil pessoas passem pela região em dias de grande movimento. 'Só essa multidão já produz um calor incrível', afirma a geógrafa da Unesp Magda Lombardo.As diferenças no microclima urbano têm sido cada vez mais perceptíveis para os moradores e freqüentadores das áreas 'quentes' centrais. 'Está muito sufocante, e sinto cada vez mais diferença na temperatura quando volto para casa, no Jabaquara', disse Isabel, dona, há 20 anos, de uma banca de jornal na Paulista - ela não quis dar o sobrenome, alegando ter medo de que fiscais da Lei Cidade Limpa inspecionem a banca.Ali perto, os moradores do Edifício Nações Unidas sofrem com outro fenômeno, o dos cânions urbanos. A sombra de edifícios construídos muito perto uns dos outros cria zonas frias no meio das ilhas de calor. 'A situação da Paulista, que era um 'corredor de vento', foi alterada com a construção de prédios altos. O choque da mudança das áreas de calor para as de sombra provoca sonolência e deixa as pessoas com os olhos lacrimejantes', diz Magda.As interferências no clima não prejudicam só as áreas mais centrais. Em Itaquera, na zona leste, a formação de ilhas de calor não tem tanto a ver com prédios. O bairro é vítima do crescimento desordenado e do desmatamento.Os novos eixos viários também contribuíram para o aumento do calor na região. 'A zona leste tem uma concentração cada vez maior de construções e muito pouca contrapartida de criação de áreas verdes', adverte Magda.Morador de Itaquera há 20 anos, o inspetor de alunos Alecsandre da Silva Rodrigues, de 32 anos, ainda consegue aproveitar um dos 'oásis verdes' da zona leste. Nas manhãs livres ele corre no Parque do Carmo, ao lado do Sesc-Itaquera. 'Consigo correr de duas a três vezes por semana, o que é bem saudável. Mas vejo as pessoas reclamarem muito do ar seco na região', diz.
SHOPPINGSSe no Brasil as autoridades não parecem estar atentas ao problema, o impacto de construções sobre a temperatura já é uma preocupação no Japão. Estudos encomendados por prefeituras de cidades de até 50 mil habitantes mostraram que shopping centers provocam aumento de cerca de 2 graus na temperatura do entorno. 'A preocupação com a paisagem urbana também avança entre governantes europeus. Lá começa a prevalecer a lógica de aumentar a área de vegetação quebrando o concreto', diz Magda
Ilhas de calor fazem temperatura variar até 12 graus dentro de SP Fenômeno afeta distritos com muitos prédios e poucas árvores e tem contraponto nos 'óasis' frios perto de represas
Alexssander Soares
No auge do veranico deste inverno, em julho, termômetros marcaram em São Paulo, na mesma hora, temperaturas com até 12 graus de diferença. A variação que muitos paulistanos notaram este ano é a mais alta desde que o clima nos distritos da cidade passou a ser monitorado por imagens de satélite. O sobe-e-desce da temperatura é resultado de um complexo fenômeno climático, o das ilhas de calor urbanas.
Essas ilhas são provocadas por fatores como concentração de prédios e pouca arborização. Elevam a temperatura principalmente em bairros do centro e da zona leste. Têm seu contraponto nos oásis 'frios' remanescentes da borda das Represas Billings e Guarapiranga, zona sul, e na Cantareira, zona norte.
'O calor é como uma febre, um sintoma de que a cidade está doente', diz a geógrafa Magda Lombardo, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ela estuda oscilações de temperatura nos bairros da capital desde 1985 e as compara a resultados de outras metrópoles, como Nova York.
As ilhas de calor também são as responsáveis pelas pancadas abruptas de chuva, cada vez mais intensas em regiões como a da Sé e dos Jardins. A poluição, que ajuda a elevar a temperatura, e a retenção de calor pelo asfalto também contribuem para o fenômeno. Tanto que, para Magda, São Paulo é hoje a cidade das pancadas intensas de chuva - e não da famosa, e cada vez mais rara, garoa.'O problema (das ilhas) atinge a todas as classes sociais', alerta a especialista. 'O calor produzido pelo homem e a baixa umidade relativa do ar formam um deserto artificial.'Magda escreveu o estudo Ilha de Calor nas Metrópoles: O Exemplo de S.Paulo, ganhador do Prêmio Jabuti na categoria Ciências, em 1986. Ele indicava que, na época, a variação de temperatura na capital chegava a 10 graus. Desde então, além do aumento de 2 graus em pouco mais de 20 anos, a geógrafa apurou outro dado preocupante. A temperatura média na cidade subiu 1,2% no século passado, ante 0,7% em Nova York.Prédios e desmatamento esquentam centro e periferia. Graças às árvores, locais como os Jardins podem ter até 10°a menos que a Sé
Nos distritos centrais de São Paulo, cobertura de asfalto e paredões de concreto dos prédios. Em pontos mais distantes da zona leste, desmatamento com ocupação irregular do solo. O desenho das ilhas de calor urbanas, com variações inéditas de temperatura de até 12 graus medidas no mesmo horário em pontos diferentes da cidade, acompanha o padrão de crescimento da metrópole a partir da década de 50.'O processo intenso de ocupação praticamente acabou com as casas com jardins no centro. A construção de grandes avenidas também favoreceu a expansão das ilhas de calor em direção aos bairros da zona leste', diz a geógrafa Magda Lombardo, professora da Unesp no campus de Rio Claro.'
CARGA URBANA'
Com base no acompanhamento que faz das variações de temperatura na capital desde 1985, Magda diz que a especulação imobiliária não leva em consideração a 'capacidade de carga urbana' de cada distrito. 'Se você já construiu um prédio de 20 andares em um quadra, por que construir outro da mesma altura ao lado? A ruptura no padrão de construção imobiliária é necessária para impedir o surgimento de paredões de concreto', afirma a geógrafa.A diferença no método construtivo, combinado com a presença de árvores, é responsável pelas temperaturas de 3 a 4 graus mais baixas registradas em bairros centrais como Santa Cecília e Consolação quando comparados a distritos próximos, como Sé e Bom Retiro. Segundo os estudos da geógrafa, a diferença aumenta bastante - pode chegar a 10 graus - quando se compara esses distritos centrais com bairros altamente urbanizados, mas que têm boa cobertura de vegetação, como os Jardins América e Europa, Pinheiros, Butantã e Morumbi.SP pode abater imposto de quem preservar o verde
Secretaria municipal propõe que benefício seja incluído no Plano Diretor
A Prefeitura quer recompensar proprietários de imóveis que preservarem áreas verdes de São Paulo. O benefício, que pode ser concedido por meio de desconto em impostos ou até pelo reembolso direto, é uma das sugestões que serão apresentadas pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente na discussão do novo Plano Diretor - lei que serve de diretriz para o crescimento da cidade.
'Vamos discutir uma fórmula de pagar pelo 'serviço ambiental'', diz o chefe de gabinete da secretaria, Hélio Neves. 'Ou seja, queremos dividir com a sociedade a manutenção e a preservação das áreas verdes, que trazem benefícios a todos.' A Prefeitura está realizando audiências públicas para fechar as propostas de mudança no plano. O pacote será apresentado no fim do mês para discussão e votação na Câmara. No debate interno sobre o novo plano, os técnicos da secretaria trabalham com o conceito de 'cidade compacta'. 'Nosso foco ambiental será evitar a expansão da cidade. Queremos incentivar a moradia no centro e a ocupação de prédios já construídos. Assim, evitaremos o surgimento de prédios em regiões ainda não exploradas pelo mercado imobiliário. Ao induzir à ocupação das moradias já existentes, evitamos o surgimento de novos paredões de concreto, que só aumentam as ilhas de calor.'Para isso, a secretaria vai lançar ainda a proposta de aumentar a cobrança da alíquota progressiva do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de prédios desocupados. 'Será um importante instrumento para manter a cidade compacta, de aproveitar locais onde a infra-estrutura já está consolidada.'
ÁREAS VERDES
A secretaria promete usar os estudos disponíveis sobre ilhas de calor urbano para orientar projetos de criação de parques lineares e praças na cidade, que tem 246,8 milhões de metros quadrados de áreas verdes. A idéia, no ano que vem, é aumentar em 8,46 milhões de m2 as áreas com vegetação nos pontos 'quentes'. 'Vamos plantar árvores para melhorar microclimas em alguns locais', diz Neves. Ele afirma que a Prefeitura quer plantar este ano 160 mil árvores.A geógrafa Magda Lombardo afirma que vai encaminhar à Prefeitura seus estudos sobre ilhas de calor em São Paulo. Mas diz que, geralmente, administradores públicos e parlamentares ignoram a produção acadêmica para a definição de políticas ou de projetos de lei.Apesar do ceticismo, Magda elogia a proposta da secretaria. 'Concordo que é necessário discutir incentivos fiscais para estimular a consciência ambiental. A prefeitura de Sacramento (Califórnia) conseguiu aumentar em 30% a área verde da cidade depois que deu desconto no imposto territorial. Criei o modelo em conjunto com técnicos do laboratório de Energia e Conservação da Universidade da Califórnia.'
Plantio de árvores variadas ajuda a diminuir o calor, afirma pesquisador
As ruas de São Paulo deveriam ser canteiros públicos. Essa é a sugestão do biólogo Marcos Buckeridge, do Instituto de Botânica da Universidade de São Paulo (USP), para reduzir efeitos das ilhas de calor. 'O poder público deve ter a política de plantar árvore em todo lugar possível.'Buckeridge estuda diversas espécies de árvores para saber quanto elas absorvem de gás carbônico. O objetivo é determinar quais são as mais indicadas para plantio em cidades poluídas. 'O correto é fazer um processo de sucessão ecológica, misturando, por exemplo, cinco espécies de leguminosas: grapuruvu, jacarandá, jatobá, pau-jacaré e sesbânia.'Essas espécies chegam à idade adulta - quando ocorre o pico de absorção - em épocas diferentes. Se as árvores ficassem uma ao lado da outra, diz o pesquisador, uma delas sempre estaria com a capacidade máxima de retirada de gás carbônico. 'Isso manteria a temperatura baixa por mais tempo.'Para incentivar o plantio, Buckeridge recorre a uma equação politicamente correta: 'Árvore baixa a temperatura, diminui a evaporação, puxa gás carbônico e diminui a luz', afirma. 'Cada folha tem entre 50 a 70 mil boquinhas, os estômatos, que abrem de manhã para captação de gás carbônico e só fecham à tarde.'Multidão faz temperatura subir até 2 graus na 25 de Março. Sombras dos prédios da Paulista criam zona fria em plena ilha de calor; carente de áreas verdes, Itaquera sofre com crescimento desordenado
Feriado de 7 de setembro. No início da tarde, o relógio digital da Avenida Paulista indicava 30 graus. Quem se aventurou a andar pelo centro e pela região da Paulista sofreu com as ilhas de calor. O passeio ficou ainda mais sufocante em locais de grande concentração de pessoas, como a Rua 25 de Março, meca do comércio popular.Imagens térmicas geradas por satélites flagraram aumentos de temperatura de até 2 graus provocados pela aglomeração na 25 de Março. A associação local de comerciantes estima que 400 mil pessoas passem pela região em dias de grande movimento. 'Só essa multidão já produz um calor incrível', afirma a geógrafa da Unesp Magda Lombardo.As diferenças no microclima urbano têm sido cada vez mais perceptíveis para os moradores e freqüentadores das áreas 'quentes' centrais. 'Está muito sufocante, e sinto cada vez mais diferença na temperatura quando volto para casa, no Jabaquara', disse Isabel, dona, há 20 anos, de uma banca de jornal na Paulista - ela não quis dar o sobrenome, alegando ter medo de que fiscais da Lei Cidade Limpa inspecionem a banca.Ali perto, os moradores do Edifício Nações Unidas sofrem com outro fenômeno, o dos cânions urbanos. A sombra de edifícios construídos muito perto uns dos outros cria zonas frias no meio das ilhas de calor. 'A situação da Paulista, que era um 'corredor de vento', foi alterada com a construção de prédios altos. O choque da mudança das áreas de calor para as de sombra provoca sonolência e deixa as pessoas com os olhos lacrimejantes', diz Magda.As interferências no clima não prejudicam só as áreas mais centrais. Em Itaquera, na zona leste, a formação de ilhas de calor não tem tanto a ver com prédios. O bairro é vítima do crescimento desordenado e do desmatamento.Os novos eixos viários também contribuíram para o aumento do calor na região. 'A zona leste tem uma concentração cada vez maior de construções e muito pouca contrapartida de criação de áreas verdes', adverte Magda.Morador de Itaquera há 20 anos, o inspetor de alunos Alecsandre da Silva Rodrigues, de 32 anos, ainda consegue aproveitar um dos 'oásis verdes' da zona leste. Nas manhãs livres ele corre no Parque do Carmo, ao lado do Sesc-Itaquera. 'Consigo correr de duas a três vezes por semana, o que é bem saudável. Mas vejo as pessoas reclamarem muito do ar seco na região', diz.
SHOPPINGSSe no Brasil as autoridades não parecem estar atentas ao problema, o impacto de construções sobre a temperatura já é uma preocupação no Japão. Estudos encomendados por prefeituras de cidades de até 50 mil habitantes mostraram que shopping centers provocam aumento de cerca de 2 graus na temperatura do entorno. 'A preocupação com a paisagem urbana também avança entre governantes europeus. Lá começa a prevalecer a lógica de aumentar a área de vegetação quebrando o concreto', diz Magda
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Casa Carbono Zero
Grã-Bretanha apresenta projeto de casa carbono zero
Um medidor inteligente vai mostrar se há desperdício de energia
Um novo projeto da primeira casa que atende a padrões de conservação ambiental a serem impostos na Grã-Bretanha até 2016 está sendo apresentado nesta segunda-feira em Watford, próximo a Londres, na feira Offsite 2007.
A casa de dois dormitórios, projetada pela empresa Kingspan Off-site, tem um revestimento que faz com que ela perca 65% menos de calor do que uma casa comum. A perda de calor é uma característica importante para moradias em países fora da zona tropical, onde a calefação é amplamente utilizada no inverno.
Painéis solares, aquecedor a biomassa e mecanismos para uso eficaz de água - inclusive com a coleta de água da chuva -, estão entre as características da casa.
O ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Gordon Brown, anunciou em seu orçamento, apresentado em março passado, que casas de carbono zero ficarão isentas do imposto sobre a transferência de imóveis.
Aquecedores a biomassa funcionam com combustíveis orgânicos como bolinhas de madeira e são classificados como "zero" em emissão de gases do efeito estufa porque a quantidade de dióxido de carbono que expelem quando em funcionamento é compensada pela quantidade absorvida quando o cultivo que deu origem ao seu combustível foi desenvolvido.
A casa tem ainda um sistema de separação de lixo que permite que material combustível seja queimado para contribuir para o fornecimento de energia doméstica.
A quantidade de energia tem um medidor inteligente para que os moradores saibam o quanto estão desperdiçando.
O conceito do cidadão "carbono zero" é compensar as emissões decorrentes do seu estilo de vida por meio de ações que retiram gases de efeito estufa da atmosfera.
Contribuição (meio atrasada na publicação) do amigo André Sereno.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
terça-feira, 3 de abril de 2007
Mais sobre as ondas....
Imagens da usina de ondas que está sendo implantada a 60 km de Fortaleza. Mais uma contribuição do Olavo!!! Confiram no site: http://www.planeta.coppe.ufrj.br/artigo.php?artigo=637
Opções para águas cinzas e negras e o que é isso...
>Água e >esgoto > > Elemento essencial para a nossa sobrevivência e para todos seres >vivos, a água potável esta se tornando cada vez mais cara e escassa. Algumas >previsões dizem que irá faltar água potável em um futuro bem próximo. A forma >mais comum de captação de água é, em geral, proveniente de rios , que estão a >cada dia mais poluídos, necessitando cada vez mais tratamentos para seu consumo. >A reciclagem de água, dentro de poucos anos será uma prática que vai ganhar >muitos adeptos, a água, este produto que tanto necessitamos consumir, se tornará >um produto muito caro. > > Captação de > Água de chuva > Reciclagem de > Águas > Sistema > de Circuito Fechado > Circulo de > Bananeiras > Banheiro > Composto > > Cap tação de Água de >Chuva > > Em vários países, esta é uma prática corriqueira até em grandes > cidades onde as casas tem abastecimento público. Em algumas regiões da > Austrália, o abastecimento publico já se tornou bem caro, devido a escassez, e > várias residências optaram pela captação droveniente das chuvas. > > A água de chuva não tem sais minerais, por isto devemos colocar > algumas pedras no interior das caixas águas, os reservatórios tem que ter > capacidade para armazenamento levando se em conta: índice pluviométricos > mensal e necessidade de consumo diário. >Existem algumas técnicas simples > para reter a sujeira que vem junto com as primeiras águas . >O telhado é o > nosso captador de água, quanto maior, mais chuva pode-se captar, um telhado de > 100 metros quadrados em um lugar que chove 1000mm de chuva por ano, poderemos > captar 100.000 litros de água por ano; Veja a economia que você estará fazendo > se tivesse que pagar por esta água. > > É possível também utilizar essas técnicas em áreas urbanas e > industriaizadas. Neste caso devemos colocar filtros adequados para filtrar > poluentes. > > Esta fonte de água não deve ser desprezada. Pense > nisto. > > Rec iclagem de águas > >Em > alguns lugares, com populações carentes e sem informação, muitos dejetos são > lançados diretamente nos córregos e rios. Sistemas como a fossa negra , > muito comum, acabam poluindo os lençois freáticos e também as as > nascentes. > >Em > Ubatuba, por exemplo, é muito comum a utilização desse sistema. Como chove > muito, o lençol freático sobe e todas as fossas negras entram em comunicação e > juntas poluem uma praia inteira e também o lençol freático. Esta água por > pressão acaba subindo o morro e vai chegar na nascente que fornece água para > várias pessoas. >Onde não encontramos água com facilidade (regiões > desérticas), a reciclagem de água é uma alternativa muito boa. Existem > sistemas de reciclagem ( filtros ) que podem fazer a água servida do sanitário > se tornar potável! >Pudemos observar este sistema funcionando em uma > fazenda de Permacultura na Austrália. >Para se reciclar a água, basta passar > por uma série de filtros. > > O que podemos usar como filtros: > >Todo material super poroso, como por exemplo a brita (com seus poros, > absorve bastante partículas), o carvão ativado tem mais poros que a brita e > por isto é elemento filtrante mais eficiente. >Muita gente usa filtros em > casa para tornar a água da rede pública mais potável. É isto que a prefeitura > das cidades fazem com a água que todos consomem, captam água de rios poluídos > e a tornam potável através de tratamentos químicos e filtros. >Se você > reciclar 100 litros de água por 3 vezes, você ganhou 300litros de > água. >Existem vários sistemas para revitalizar a água, alguns usam a > oxigenação através de quedas d’agua, outros mais revolucionários, fazem a água > circular em espirais em vários sentidos para adquirirem energia e com isto se > vitalizam. >O aguapé ( planta aquática), é usado para ajudar a > filtrar as águas, estas plantas são eficientes e tem crescimento e reprodução > rápida , temos só que retirar o excessos de vez em quando ( com até 80% de > eficiência) > > O que é esgoto: > >Esgoto é o termo usado pra caracterizar os despejos provenientes dos > diversos usos das águas, tais como doméstico, comercial, industrial, > agrícola... >Os esgotos domésticos são uma parcela muito significativa dos > esgotos sanitários, provêm principalmente, de residências, edificações > públicas e comerciais que concentram aparelhos sanitários, lavanderias e > cozinhas. >Apesar de variarem em função dos costumes e condições sócio > econômico das populações, os esgotos domésticos têm características bem > definidas.Resultado do uso feito pelo homem em função dos seus hábitos > higiênicos e de suas necessidades fisiológicas. >Os esgotos domésticos se > compõem basicamente de: águas de banho, urina, fezes, restos de comida, sabão, > detergentes e águas de lavagem. >O cálculo para determinar a quantidade de > esgoto produzido por habitante na região de São Paulo, varia aproximadamente > de 90 a 210 litros/dia por pessoa. >Valores médios entre 130-170 litros > de esgoto/dia por pessoa. > > Composição: > >Todo esgoto sanitário se compõe basicamente de 99,9% de água e 0,1% > sólidos. >Sólidos orgânicos 70%(proteínas, carboidratos, gorduras) e sólidos > inorgânicos 30%(areia,sais e metais). >A água em si nada mais é que um meio > de transporte das inúmeras substâncias orgânicas e inorgânicas e > microrganismos eliminados pelo homem diariamente. Os sólidos são responsáveis > pela deterioração da qualidade do corpo da água. > >Diferenças entre águas cinzas e águas negras: > >O > que é água cinza : são águas servidas que foram utilizadas para > limpeza,(tanques, pias,chuveiros) . >O que é água negra : são águas > servidas que foram utilizadas nos vasos sanitários e contém coliformes > fecais. > >Porque devemos tratar as águas servidas: > > Estamos cada vez mais consumindo grandes quantidades de águas para as > nossas necessidades diárias e em contra partida estamos poluindo nossas > fontes com os despejos de nossos esgotos deste mesmo uso. > Prevenir e reduzir a disseminação de doenças transmissíveis causadas > pelos microrganismos patogênicos. > > organismos patogênicos encontrados nos esgotos domésticos:/ > vírus hepatite, poliomielite, febre tifóide, cólera, disenteria amebiana, > ascaridíase, esquistossomose, leptospirose e disenteria > bacilar. > > Preservar a fauna e a flora aquáticas. > > Como podemos reciclar as águas servidas: > >O > processo de reciclagem é em certos aspectos bem simples, temos que criar uma > alternância de ambientes com oxigênio e sem oxigênio. >Construir filtros com > materiais porosos que irão limpar a água dos resíduos sólidos em suspensão, > estes materiais porosos podem ter tamanhos diferentes para reter todos os > tipos de sólidos em suspensão. A dimensão do filtro esta relacionada com a > demanda de águas servidas. >Consociar com plantas aquáticas que irão ajudar > na filtragem e limpeza da água. > >Como funciona o processo: > >O principal responsável pela decomposição de matéria orgânica é a > bactéria, estes organismos unicelulares que podem se reproduzir em grande > velocidade, a partir da matéria orgânica disponível. >A capacidade de > sobreviver dentro de uma variedade de condições ambientais é uma > característica da bactéria. Um grupo delas, as chamadas Aeróbicas, só > vivem e se reproduzem em um meio que contém oxigênio molecular livre > (atmosférico ou dissolvido na água).Outro grupo, as Anaeróbicas , não > necessita, por sua vez de oxigênio livre e morrem quando estão em ambiente com > oxigênio. >As bactérias decompõem as substâncias orgânicas complexas dos > esgotos (carboidratos, proteínas e gorduras) em materiais solúveis. >Em > condições anaeróbicas,ocorre o seguinte processo: a matéria orgânica > sedimentável se acumula no fundo da lagoa, formando uma camada de lodo, que > sofre um processo de digestão anaeróbica, as bactérias produzem substancias > solúveis, utilizadas como alimento dentro do ecossistema e que podem ser > convertidas em gases como o dióxido de carbono, metano, gás sulfídrico e > amônia. >O ambiente filtrantes ( brita, areia, pedriscos e terra ) é > responsável pela remoção de grande parte da matéria orgânica como as gorduras > e sabão. >Quanto maior o numero de ambientes anaeróbicos e aeróbicos, maior > será a eficiências do sistema de tratamento. > > Sistema de reciclagem composto de filtros mistos e plantas > aquáticas: > >Como vimos acima temos que criar ambientes anaeróbicos e aeróbicos > associados com materiais filtrantes e plantas . > >Um > sistema, destinado para a reciclagem das águas cinzas e negras se compõem > desta forma: > > reservatório anaeróbico Séptico ( um tanque com agua > onde os dejetos irão sofrer ação das bactérias anaeróbicas e também > separarmos as gorduras). Este filtro já é usado em várias cidades > brasileiras, como as do litoral norte de São Paulo. > reservatório aeróbico -Filtro Misto tanque de brita e > terra, com plantas aquáticas ou arroz. Tem função de captar sólidos > orgânicos grossos, as plantas ajudam a filtrar a água e a limpar as britas, > a terra vai reter o sabão. > reservatório anaeróbico com plantas ( tanque com agua e > plantas aquáticas), neste tanque colocamos no fundo, novamente britas e > plantas aquáticas de superfície ( aguapés) > reservatório aeróbico Filtro misto ( filtro misto com > areia, terra,brita e pedriscos e plantas aquáticas) > reservatório anaeróbico Agua > reciclada ( tanque onde teremos a água para se reutilizada) > > Um reservatório contendo terra, areia grossa, pedrisco e brita, é > um excelente filtro para reciclagem de águas cinzas e negras. Colocamos estes > materiais em camadas de 10cm cada, por cima podemos plantar arroz, lirios e > juncos. >Quanto mais camadas, melhor a eficiência do filtro, podemos separar > as camadas filtrantes com camadas de casca de arroz. > O tamanho do > filtro depende do volume de esgoto a ser lançado. >Os filtro misto > com o tempo pode ficar saturado, temos duas opções para sua > limpeza: > >1-Retro lavagem, inserirmos agua com pressão na saída do > filtro > >2-Termos um filtro de reserva, se deixarmos de utilizar o filtro ele > se auto limpara, este processo acorre porque a matéria orgânica morrerá e > secará com a falta da água, com uma retro lavagem antes de seu uso, podemos > fazer uma limpeza bem eficiente. > > Siste ma Circuito Fechado: > >Consiste em captar as águas servidas cinzas do chuveiro e pias e passar > por filtros de brita e lagoas de decantação, alternando ambientes com oxigênio > e sem oxigênio, como descrevemos acima, a água retorna para ser reutilizada na > casa como agua para limpeza >(tanques,pias, vaso sanitário e > chuveiro) > >Estes sistema para ser usado como água potável e necessário que aja > processo de evaporação como meio de purificar a água, podemos ter uma estufa > que faz a água evaporar.Usamos o sol como fonte de calor para evaporar a > água. > > Sistema experimental em Botucatu- > SP: > >Implantado na Fazenda Experimental Lageado (FCA/ UNESP), localizada no > município de Botucatu, coordenadas de 22º55’S e 48º55’W, foi responsável pela > coleta e tratamento do esgoto de uma colônia de funcionários, constituída por > 12 casas e uma população de cerca de 53 pessoas. >Todo efluente gerado pela > referida colônia é coletado através de uma rede hidráulica de tubos de PVC de > 4", com aproximadamente 150 m de comprimento e conduzido para a estação de > tratamento. > > Estrutura do sistema de tratamento > >Assim, todo efluente doméstico captado era conduzido primeiramente para > 3 caixas de cimento amianto interligadas entre si, com capacidade de 1000 > litros cada, e cuja finalidade era de reter ou promover a decantação do > material poluente mais grosseiro existente na água de esgoto. >O tempo de > residência do efluente nessa estruturas foi estimado em 6 horas, em função da > descarga do esgoto. >Após passar por uma peneira, situada na última caixa de > decantação, o esgoto era lançado em um repartidor de fluxo o qual era > responsável pela distribuição da água, de maneira uniforme, para as caixas > contendo pedra britada N o 1 (figura ) e posteriormente para os > leitos filtrantes que efetuavam as demais etapas do tratamento. >Como o > experimento envolvia 4 tratamentos diferentes, foram implantadas 4 caixas de > 1000 L cada, tendo-se em sua parte inferior composta por uma pequena camada de > 10 cm de pedrisco, completada com pedra n o 1, formando uma > camada de aproximadamente 50 cm. Tais caixas tinham a função de efetuar uma > pré-filtragem do efluente, com remoção significativa de parte do material > sólido não retido pelas peneiras situadas no interior das caixas de decantação > e à saída das mesmas. >O tempo de residência de em cada uma dessas > estruturas, foi estimado como sendo de 10 horas, calculado em função da > descarga de esgoto. >Fazendo parte das estruturas descritas, o efluente > doméstico após passar pelos compartimentos com pedra, era conduzido para > outras 4 caixas com leito filtrante, cuja capacidade era de 1000 litros cada e > com tempo de residência estimado em mais de 10 horas condução do experimento . > No decorrer do experimento o coast cross foi substituído naturalmente pelo > capim arroz ( Echinocloa cruz pavones ), cuja substituição apresentou > maior eficiência na manutenção do valor da condutividade hidráulica saturada ( > Ks ), em níveis desejados. >Outro fator que contribui para o funcionamento > perfeito do sistema, é a qualidade da água despejada. Águas poluídas com > químicas podem afetar os filtros. > >Como fazer um filtro em casa. > >Como descrevemos acima, podemos construir de várias maneiras um filtro > para reciclarmos nossas águas cinzas, um modelo simples pode ser feito por nós > mesmos. >Primeira providência que temos que tomar é separarmos as águas > cinzas das águas negras. >Feito isto, podemos começar a construir nosso > sistema de reciclagem de águas cinzas. >Temos que ter 3 reservatórios( > podemos usar tambores de 200 litros comprados em ferro velho). > > No primeiro fazemos uma entrada para água na borda de cima do > reservatório, Para a saída, temos que criar um sistema sifão, que capta a > água uns 60 cm abaixo do nível da água de entrada. Esta é a nossa caixa > séptica que irá separar o grosso da gordura. Como a gordura bóia, o nossa > captação de água vai estar submerso 60 cm abaixo no nível dos canos de > entrada e saída de água. > > No segundo reservatório, colocamos brita, areia e terra em > camadas de 10 cm. Temos que deixar um bom espaço ( 40 cm) da borda de cima > até a superfície do nosso leito filtrante ( brita, areia e terra) para o > acumulo de água que pode ocorrer quando a demanda de água for maior que o > tempo de filtragem. >A saída d água e feita pelo fundo do > reservatório. >Podemos plantar arroz e plantas aquáticas como junco e > lírio para ajudar na filtragem. > > No terceiro reservatório , podemos criar um pequeno lago > ornamental para o jardim. Temos que cavar um pequeno buraco de 1,5-2m de > diâmetro e aproximadamente 50 cm de profundidade, Cobrimos a superfície > deste buraco com lona plástica. Antes porem, temos que livrar a superfície > de raízes ou pedras pontiagudas que possam furar o plástico. Colocar um > pouco de areia pode ajudar nesta operação. >A seguir, colocamos um pouco > de brita no fundo do lago com cuidado para não furar a lona plástica. Nestas > britas colocamos plantas aquáticas de varias espécies tipo: lírios do brejo > e juncos e aguapé. >E importante termos aguapés, eles são muito eficientes > como filtros naturais. >Nas bordas podemos colocar terra e algumas pedras, > e plantamos flores e plantas. >Se também pode colocar alguns peixes neste > lago, os peixes comem matéria orgânica em suspensão na água. >Em uma das > extremidade do lago podemos criar uma praia feita de areia e brita, nesta > praia colocamos um cano ( ladrão de água) e conectamos com o terceiro > reservatório que terá água reciclada para uso. >O primeiro > reservatório deve ser colocado em local ventilado e tampado, o processo > anaeróbico produz gases de mal cheiro. >Os aguapés se reproduzem > rapidamente, de tempos em tempos , devemos retirar o excesso. >Pronto! > Nosso sistema de águas cinzas esta criado, esta água já pode ser usada em > limpeza , descarga de banheiro e irrigação do > jardim. > > Circulo de Bananeiras > >As > bananeiras gostam de solos bem úmidos e ricos em mateira orgânica, podemos > utilizar a bananeira como nosso filtro natural. >O Sistema é bem simples, > compreende em despejarmos as águas servidas da privada em uma fossa séptica ,e > depois lança La em um buraco com britas e terra em cima, rodeado de Bananeiras > e plantas que gostam de solo úmido, (o lírio é também um excelente filtro), > elas irão aproveitar da água e os nutrientes do nosso banheiro, este sistema > pode ser usado para irrigação das plantas do jardim e arvores > . > > Banheiro Composto > (Termofílico) > >Basicamente > existem quatro formas de desfazer-nos de nossas fezes: > >1. Podemos > utilizar um sistema tradicional com um vaso sanitário e água (tipicamente > potável), e a utilização de um sistema séptico que fará a decomposição dos > resíduos; >2. Podemos juntar as fezes após cada defecada e aplicarmos > diretamente sobre áreas plantadas, com o risco de contaminarmos a terra com > certos microorganismos; >3. É possível decompô-la lentamente a uma > temperatura menor de 37°C, caso em que os microorganismos são destruídos num > período de meses ou anos. >4. Ou pode-se decompor a matéria rapidamente > com o processo termofílico. Esse processo decompõe a matéria com altas > temperaturas (entre 37°C e 70°C), assegurando que todos os patógenos sejam > destruídos e a matéria seja transformada em húmus. > >O risco de > decompor fezes humanas e utilizá-las como adubo orgânico é transmitir ao solo > e as plantas certos microorganismos, denominados patógenos. Os patógenos > humanos se reproduzem dentro do sistema digestivo, numa temperatura de 37°, > portanto estando presentes na matéria fecal. O corpo utiliza a temperatura do > corpo como método de defesa contra os microorganismos. Elevando a temperatura, > o corpo tenta destruir esses organismos, porém o processo pode demorar dias ou > semanas. O composto seco cultiva microorganismos termofílicos (aqueles que só > sobrevivem em temperaturas maiores de 40°). Ao se alimentar do material > orgânico, os microorganismos liberam energia elevando a temperatura da matéria > e nesse processo os patógenos humanos são destruídos. A destruição total de > patógenos humanos é garantida com uma temperatura de 62° durante uma hora, ou > 50° durante um dia, ou 46°durante uma semana. Menores temperaturas demoraram > mais tempo. Temperaturas menores a 40° não garantem a eliminação de todos os > patógenos. >Ao acabar a "comida" e a temperatura da matéria descer, novos > micro e macroorganismos aproveitaram para se alimentar, sendo que as suas > fezes produzem o húmus que será utilizável como adubo. Assim a energia solar > completa seu ciclo e volta ao seu início dando vida a novos organismos que se > nutrem do solo. Nesse processo, nenhum poluente terá sido produzido, e a pouca > água utilizada não precisa ser necessariamente potável, e o mais importante é > respeitarmos os ciclos naturais do sistema. > >O húmus é > qualquer material orgânico decomposto que forma a base da vida no solo. O > húmus é ótimo para adubar o solo: ele mantém a umidade no solo e eleva a > capacidade de absorção de água, proporciona nutrientes essenciais que são > lentamente liberados ao solo, também contribui para arear o solo e > contrabalanceia sua acidez e ajuda-o a absorver calor, e ainda apóia as > populações microbióticas que o enriquecem. Um bom húmus tem uma proporção C/N > de entre 25/1 e 35/1, que a relação de decomposição dos microorganismos. Se > sobrar nitrogênio, esse é perdido em forma de gás amônia. > > Como Fazer > Um Composto Seco > >O composto seco > decompõe fezes humanas assim como lixo orgânico (excetuando poucas coisas como > cascas de ovo, cabelos, ossos), papel (sem tintas tóxicas), e outros materiais > degradáveis. >Para começar, construímos nosso vaso num balde de plástico de > uns 20l (se possível, reciclado. O volume é variável mais tem que ser cômodo > para transportar) . No nosso banheiro seco teremos também uma pilha de serragem > ou qualquer outro material orgânico (terra, folhas secas, etc.), que cubra a > matéria após a defecação (a urina entra também na balde). Esse processo cumpre > varias funções: absorve a umidade, elimina o cheiro, afasta moscas e outros > bichos e ajuda a manter um balanceamento entre o carvão e o nitrogênio (C/N) > ótimo para o composto, já que a urina tem um alto conteúdo de nitrogênio. > >Quando o balde fica cheio, levamos para a nossa área de compostagem. Esta > é uma solução simples, dividida em dois ou três câmaras, cada uma, com > aproximadamente 1.5 x 1.5 x 1m de altura (ver desenho). Depositamos o conteúdo > da balde numa das câmaras e cobrimos com folhagem (podem ser matos o folhas > secas). Com as fezes podemos também agregar nosso lixo orgânico e papeis. A > folhagem ajuda a oxigenar o composto, fator importante na decomposição da > matéria já que sem oxigeno os microorganismos morrem. Uma compostagem com ar > pode rapidamente alcançar 55° ou mais, atrapalhando o processo de > decomposição. Lavamos a balde com água, e botamos a água na pilha, ajudando > assim a manter a umidade do composto. > >A matéria fecal é > agregada numa pilha só até encher a câmara completamente. No processo, os > organismos termfílicos irão decompondo a matéria à medida que vamos > agregando-a. Uma vez decomposta a matéria se esfriará, portanto as capas > inferiores de nossa pilha ficaram mais frias que as novas capas. No composto > termofílico não é preciso mexer ou virar o composto como é feito com outros > compostos. Ao estar continuamente agregando matéria e ao cobrí-la com folhagem > asseguramos que a matéria seja decomposta. Ao virar o composto o que fazemos é > juntar material já digerido com material não digerido ainda, esfriando o > composto tudo e correndo o risco de não destruir alguns patógenos. >Ao > completar uma das câmaras, começamos a encher a segunda, e deixamos a primeira > para ser atacada por os próximos organismos que a viraram húmus. O ideal é > deixá-la descansar por um ano, mais pode ser testada e utilizada enquanto o > húmus estiver sendo preparado. Quando a segunda câmara ficar completa, > removemos o adubo da primeira e começamos a botar nosso lixo orgânico, > deixando a segunda sendo decomposta. >O composto seco termofílico é um dos > processos mais simples de compostar, porém precisa de um manejo constante e > responsável. Os patógenos humanos são perigosos, por conseguinte é importante > medir as temperaturas do composto continuamente e conferir se o composto está > "trabalhando" . > > Fonte: The > Humanure Handbook - A Guide to Composting Human Manure - >J.C.Jenkins > >Veja também: > > Lodo de esgoto pode se transformar em >adubo para a agricultura > Esgoto doméstico para irrigação de >plantas > > Fonte: http://www.ipemabra sil.org.
terça-feira, 27 de março de 2007
Brasil é destaque no 2º Living Steel
Resultado do Concurso para a sede da Capes
Um dos requisitos para o projeto da nova sede da Capes era a utilização consciente e sustentável dos recursos naturais. Saiu o resultado: O escritório paulista Andrade Morettin Arquitetos ganhou o concurso nacional de estudo preliminar da sede da Capes, em Brasília, DF, promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, IAB.
segunda-feira, 26 de março de 2007
Usina flutuante
Navegar é preciso, já dizia Fernando Pessoa. Para os seus compatriotas, boiar também. Pelo menos é o que acreditam os engenheiros responsáveis pelas três imensas balsas vermelhas, com 142 metros de comprimento, 3,5 metros de diâmetro e 700 toneladas, que estão sendo ancoradas no litoral de Portugal. Ao custo de 8,5 milhões de euros, ainda em 2007 as balsas gigantes irão gerar 2,25 megawatts de eletricidade, suficientes para abastecer 1.500 residências. Cont. com animações, no site http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2007/03/23/ult2870u237.jhtm.
domingo, 25 de março de 2007
Energias alternativas.
Trabalhos dos alunos em Arquitetura e Sustentabilidade. Lá vai ...
http://wikipedia.org/wiki/Energia_solar
http://www.ambientebrasil.com.br/
http://www.cresesb.cepel.br/
www.planetasolar.com.br
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Reação Nuclear
Quando se movem um em direção ao outro e, se aproximam o suficiente para que haja interação entre as partículas de um com as partículas do outro pela força nuclear, pode ocorrer uma redistribuição de núcleos e diz-se que aconteceu uma reação nuclear.
No Mundo: Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo. A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros.
Fissão Nuclear: A fissão de urânio 235 liberta uma média de 2,5 neutrons por cada núcleo dividido. Por sua vez, estes neutrons vão rapidamente causar a fissão de mais átomos, que irão libertar mais neutrons e assim sucessivamente, iniciando uma auto-sustentada série de fissões nucleares, à qual que se dá o nome de reação em cadeia, que resulta na libertação contínua de energia.
Diagrama representativo da fissão do urânio: um nêutron é absorvido pelo núcleo do átomo de urânio. O átomo se torna instável, ocorrendo: divisão em dois novos átomos (kriptônio e bário), liberação de muita energia e alguns nêutrons
Urânio-235 e Urânio-238: urânio-238 só tem possibilidade de sofrer fissão por nêutrons de elevada energia cinética (os nêutrons “rápidos”). Urânio-235 pode ser fissionado por nêutrons de qualquer energia cinética, preferencialmente os de baixa energia, denominados nêutrons térmicos (“lentos”).
Isótopos: Urânio-235 e urânio-238 são isótopos de urânio.
Enriquecimento de Urânio: A quantidade de urânio-235 na natureza é muito pequena. Para ser possível a ocorrência de uma reação de fissão nuclear em cadeia, é necessário haver quantidade suficiente de urânio-235. Nos Reatores Nucleares do tipo PWR, é necessário haver a proporção de 32 átomos de urânio-235 para 968 átomos de urânio-238, em cada grupo de 1.000 átomos de urânio, ou seja, 3,2% de urânio-235. O urânio encontrado na natureza precisa ser tratado industrialmente, com o objetivo de elevar a proporção (ou concentração) de urânio-235 para urânio-238, de 0,7% para 3,2%. Para isso deve, primeiramente, ser purificado e convertido em gás. O processo físico de retirada de urânio-238 do urânio natural, aumentando, em conseqüência, a concentração de urânio-235, é conhecido como Enriquecimento de Urânio.
No Brasil: CNEM - Comissão Nacional de Energia Nuclear
Ministério da Ciência e Tecnologia
A União tem o monopólio da mineração de elementos radioativos, da produção e do comércio de materiais nucleares, sendo este monopólio exercido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A área de Pesquisa e Desenvolvimento investe no emprego da tecnologia nuclear em medicina, agricultura, indústria e meio ambiente. A área de Gestão Institucional atua no treinamento e qualificação dos pesquisadores, tecnologistas, analistas e técnicos da CNEN e na disseminação de informações técnico-científicas para pesquisadores, profissionais e estudantes da área nuclear.
· Unidade Central - Sede, no Rio de Janeiro (RJ).
· Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN, em Belo Horizonte (MG)
· Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste - CRCN-CO, em Goiânia (GO)
· Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste - CRCN-NE, em Recife (PE)
· Distrito de Angra dos Reis - DIANG (RJ)
· Distrito de Caetité - DICAE (BA)
· Distrito de Fortaleza - DIFOR (CE)
· Distrito de Porto Alegre - DIPOA (RS)
· Distrito de Resende - DIRES (RJ)
· Escritório de Brasilia - ESBRA (DF)
· Instituto de Engenharia Nuclear - IEN, no Rio de Janeiro (RJ)
· Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, em São Paulo (SP)
· Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD, no Rio de Janeiro (RJ) visa a segurança dos trabalhadores que lidam com radiações ionizantes, da população em geral e do meio ambiente
· Laboratório de Poços de Caldas - LAPOC (MG)
O Reator Nuclear de Angra: Um reator nuclear do tipo que foi construído é conhecido como PWR (Pressurized Water Reactor ou Reator a Água Pressurizada), porque contém água sob alta pressão. O urânio, enriquecido a cerca de 3,2% em urânio-235, é colocado, em forma de pastilhas de 1 cm de diâmetro, dentro de tubos (varetas) de 4m de comprimento, feitos de uma liga especial de zircônio.
As varetas, contendo o urânio, conhecidas como Varetas de Combustível, são montadas em feixes, numa estrutura denominada ELEMENTO COMBUSTÍVEL. As varetas são fechadas, com o objetivo de não deixar escapar o material nelas contido (o urânio e os elementos resultantes da fissão) e podem suportar altas temperaturas. Os elementos resultantes da fissão nuclear (produtos de fissão ou fragmentos da fissão) são radioativos, isto é, emitem radiações e, por isso, devem ficar retidos no interior do Reator.
http://wikipedia.org/wiki/Energia_solar
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Energia Nuclear
Neander, Ramon, Olavo e Natália
Energia Nuclear: Alguns elementos apresentam a capacidade de, através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio que nas reações nucleares ocorre uma transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outro ou outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns elementos; em outros deve-se provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de neutrons ou outras.Neander, Ramon, Olavo e Natália
Reação Nuclear
Quando se movem um em direção ao outro e, se aproximam o suficiente para que haja interação entre as partículas de um com as partículas do outro pela força nuclear, pode ocorrer uma redistribuição de núcleos e diz-se que aconteceu uma reação nuclear.
No Mundo: Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo. A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros.
Fissão Nuclear: A fissão de urânio 235 liberta uma média de 2,5 neutrons por cada núcleo dividido. Por sua vez, estes neutrons vão rapidamente causar a fissão de mais átomos, que irão libertar mais neutrons e assim sucessivamente, iniciando uma auto-sustentada série de fissões nucleares, à qual que se dá o nome de reação em cadeia, que resulta na libertação contínua de energia.
Diagrama representativo da fissão do urânio: um nêutron é absorvido pelo núcleo do átomo de urânio. O átomo se torna instável, ocorrendo: divisão em dois novos átomos (kriptônio e bário), liberação de muita energia e alguns nêutrons
Urânio-235 e Urânio-238: urânio-238 só tem possibilidade de sofrer fissão por nêutrons de elevada energia cinética (os nêutrons “rápidos”). Urânio-235 pode ser fissionado por nêutrons de qualquer energia cinética, preferencialmente os de baixa energia, denominados nêutrons térmicos (“lentos”).
Isótopos: Urânio-235 e urânio-238 são isótopos de urânio.
Enriquecimento de Urânio: A quantidade de urânio-235 na natureza é muito pequena. Para ser possível a ocorrência de uma reação de fissão nuclear em cadeia, é necessário haver quantidade suficiente de urânio-235. Nos Reatores Nucleares do tipo PWR, é necessário haver a proporção de 32 átomos de urânio-235 para 968 átomos de urânio-238, em cada grupo de 1.000 átomos de urânio, ou seja, 3,2% de urânio-235. O urânio encontrado na natureza precisa ser tratado industrialmente, com o objetivo de elevar a proporção (ou concentração) de urânio-235 para urânio-238, de 0,7% para 3,2%. Para isso deve, primeiramente, ser purificado e convertido em gás. O processo físico de retirada de urânio-238 do urânio natural, aumentando, em conseqüência, a concentração de urânio-235, é conhecido como Enriquecimento de Urânio.
No Brasil: CNEM - Comissão Nacional de Energia Nuclear
Ministério da Ciência e Tecnologia
A União tem o monopólio da mineração de elementos radioativos, da produção e do comércio de materiais nucleares, sendo este monopólio exercido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A área de Pesquisa e Desenvolvimento investe no emprego da tecnologia nuclear em medicina, agricultura, indústria e meio ambiente. A área de Gestão Institucional atua no treinamento e qualificação dos pesquisadores, tecnologistas, analistas e técnicos da CNEN e na disseminação de informações técnico-científicas para pesquisadores, profissionais e estudantes da área nuclear.
· Unidade Central - Sede, no Rio de Janeiro (RJ).
· Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN, em Belo Horizonte (MG)
· Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste - CRCN-CO, em Goiânia (GO)
· Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste - CRCN-NE, em Recife (PE)
· Distrito de Angra dos Reis - DIANG (RJ)
· Distrito de Caetité - DICAE (BA)
· Distrito de Fortaleza - DIFOR (CE)
· Distrito de Porto Alegre - DIPOA (RS)
· Distrito de Resende - DIRES (RJ)
· Escritório de Brasilia - ESBRA (DF)
· Instituto de Engenharia Nuclear - IEN, no Rio de Janeiro (RJ)
· Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, em São Paulo (SP)
· Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD, no Rio de Janeiro (RJ) visa a segurança dos trabalhadores que lidam com radiações ionizantes, da população em geral e do meio ambiente
· Laboratório de Poços de Caldas - LAPOC (MG)
O Reator Nuclear de Angra: Um reator nuclear do tipo que foi construído é conhecido como PWR (Pressurized Water Reactor ou Reator a Água Pressurizada), porque contém água sob alta pressão. O urânio, enriquecido a cerca de 3,2% em urânio-235, é colocado, em forma de pastilhas de 1 cm de diâmetro, dentro de tubos (varetas) de 4m de comprimento, feitos de uma liga especial de zircônio.
As varetas, contendo o urânio, conhecidas como Varetas de Combustível, são montadas em feixes, numa estrutura denominada ELEMENTO COMBUSTÍVEL. As varetas são fechadas, com o objetivo de não deixar escapar o material nelas contido (o urânio e os elementos resultantes da fissão) e podem suportar altas temperaturas. Os elementos resultantes da fissão nuclear (produtos de fissão ou fragmentos da fissão) são radioativos, isto é, emitem radiações e, por isso, devem ficar retidos no interior do Reator.
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